sexta-feira, 29 de julho de 2011

Encontro com Arnaldo Antunes

http://www.youtube.com/watch?v=kgRO_Xcw0II&feature=autoplay&list=HL1311994205&index=2&playnext=3

Eu fiquei muito nervoso, acionei o piloto automático e fui. Com a cara e a coragem, me implantei nos bastidores e aconteceu: mais que uma invasão, uma declaração, uns obrigados... 

Festival de Inverno: Campina Grande, 29 de julho de 2011

quinta-feira, 28 de julho de 2011

ABRACADABRA

Cair
Subir
Subir de novo
Subir mais uma vez
E depois crescer muito: ingredientes para a poção mágica que se toma para falar mal de mim.
E eu nem acredito em mágica. 
quarta-feira, 27 de julho de 2011

MOLHO DE TOMATE

Coloco molho de tomate no amor e como.
Amor é massa,
Que cresce, e eu como.
Engordei 6kg no meu ultimo relacionamento
Amor engorda
Engordou meus pais.
Engordou meu cachorro.
Amor é um bomba calórica usada pelos terroristas que não têm medo de morrer
De amor]

REVELAÇÃO DA ÁGUA VIVA

Dizeis:

Que bom poder tomar essa gota de alma virgem
A que se chamam água.

INVENÇÃO DA ALMA

Esse teu peito é frango,
O meu é de peru.

Teu rosto de mentira,
Ri do meu de verdade.

Não tem alma na porta que não tem chave,
Na janela, que não se abre mais, também.

Alma é verbo vivo.
Tem a ver com tempo,
Não o nosso tempo humano.
Alma não é humana.
Um dia resolveram pô-la num papel, e ai inventaram o poema.

POEMA DO ADEUS DE NOVO

Os mesmos dedos que fez nosso encontro acontecer
Traíram-nos ao reproduzir agressões à lógica maior do amor

No conjunto de elementos paradoxais
 [que só o amor entende
Que compreendem, entre outras coisas,
Distância aproximada,
Pensar e não dizer
Dizer e não pensar.
E diz adeus, como quem não diz mesmo,
E não quer,
E diz mesmo sem querer,
E desdiz,
E diz chorando.
Adeus.  Adeus.  Adeus. Adeus...

Olhaste,
Absurdo.
Não deverias ver.
Eu sei,
Tu deverias saber,
E não me detenho mais,
Se não vira amor de novo.
Coisa, que nós humanos, não entendemos.
Adeus mais uma vez.
E eu não quero,
 E quero,
E não posso, por isso posso.
Amor, desamor, amor,
Amor?
Adeus.

Seria impossível terminar um poema de amor de despedida com um adeus.
[o poema não termina] 
terça-feira, 26 de julho de 2011

O MENINO E SEU MAR

O menino tirou toda roupa e entrou no mar.
Ele está nadando em busca de respostas.


O sol toca a sua pele, e o faz esquecer de que um dia já sentiu frio,
Ele se sente livre por estar sem roupas, e sorrir por instantes.


Ele está nadando.
E nadando
Vêm algumas ondas safadas, gulosas que o abala,
Uma onda carente, uma onda invejosa, outra sem noção
Mas ele insiste em si e nada.


Ele aprende cada vez mais nadando.


Quanto mais ele abre os olhos para ver, mais sal entra e arde.
- Feche os olhos menino. Não use os olhos no mar.
Assim você verá melhor.
sexta-feira, 22 de julho de 2011

CARTA PARA A PESSOA QUE ME FEZ ESQUECER MEU NOME


    Oi "Amor", mesmo sabendo o tanto que eu fui ridículo e imbecil essas semanas que trocamos mensagens, eu juro que acreditei que tudo aquilo eu sentia era verdade.
    Eu disse tudo sabendo que no amor não se pode dizer tudo, ... “sempre é preciso manter os três centímetros de distancia do outro” (vi isso num filme de seção da tarde), depois de uma investida, e esperar o feedback para poder prosseguir, afinal adentro de um amor, deve-se acompanhado.
    Sou um homem simbólico, você também é; mas não nota muito. Eu sempre zelando pelo romantismo de merda moderninho ultrapassado, e você correspondendo... E eu quase disse eu te amo (ao menos tive vontade) para uma pessoa desconhecida, acreditando fazer parte de uma história maior, escrita sei lá por quem, por Deus, Buda, ou uma vaca escritora da Índia que acredita em alma gemia.
Eu sou um ridículo, e sempre soube disso, desde que aos 11 anos achei um poema do Fernando Pessoa, e escrevia, mesmo sendo acusado por Ele, cartas de amor ridículas, que nunca foram entregues para sua destinatária, uma menina arrogante e prepotente que eu a achava incrível pelo seu ar frágil de superioridade.
    Não se sinta uma pessoa culpada por não corresponder a esse meu amor extravagante e apocalíptico, a culpa de amar, aqui é minha. Sou eu que mesmo depois de ter aprendido tudo sobre o amor romântico para uma monografia furada, ainda insiste em se apaixonar, e se entregar a essa fome maior, que é se apaixonar do nada.
    Talvez isso aqui não passe de apenas uma confusão barata de um homem carente que esperava uma resposta, ou uma música performática na voz de Maria Bethânia imaginada por mim. E que seja, pois viver é isso também, é ser louco um pouco.  
    Juro a mim mesmo, ao meu coração mole e doido que:
Vou pensar menos em sua boca;
Vou parar de olhar de minha caixa de email atrás de alguma notícia sua;
Vou parar de questionar se meu celular está sem área e
Vou seguir a diante.
Mesmo desejando ficar ao seu lado por toda noite, dormindo e acordando essa verdade mentirosa que é o amor.
    E basta para tanto sentimento, chega! Não é festa, não é carnaval, não é sexta a noite de alguém que dormem mais tarde por não trabalhar aos sábados, não é nem feriado nacional.
    Só sinto que fizemos um grande e bonito castelo de cartas, onde eu pus as minhas mais íntimas, e você só as marcadas, pois quando o vento do litoral soprou, as suas que caíram primeiro, derrubando por ausência de alicerceis as minhas que ainda tentaram se segurar, antes da história acabar. E acabou.


Pernambuco, 23 de Julho de 2011
A.D.
segunda-feira, 11 de julho de 2011

AMOR@

O Hipocondria Literária este mês consolidou mais uma vontade minha, que é de fazer vídeos poemas a partir dos textos contidos aqui. Que:
não pretendem ser perfeitos;
não pretendem ser bons;
não pretendem seguir a ordem maior da poesia;
não pretendem nem ser poesia.

Assim feitos por mim com ajuda ou não de outros, vocês conferem curtas produzidos por aí.

Esse foi feito com Célia Nascimento, numa tarde fria de Campina Grande.

Confiram AMOR@:

 

domingo, 10 de julho de 2011

MARIA(S) DE DEUS

Maria matou Maria.
Maria transou com Maria.
Maria teve filhos.
Maria não teve nada.
Maria comprou um cachorro.
Maria pegou um gato.
Maria subiu no pé de manga.
Maria comprou um sapato scarpin.
Maria ama o mar.
Maria levou uma surra.
Maria deu em duas pessoas no mesmo espaço de tempo.
Maria roubou um coração. E acabou com um milhão.
Maria quer, depois de dizer não obrigada.
Que Maria tenha sempre, mais e mais, meu Deus.
sábado, 9 de julho de 2011

Mentira?!

E se eu disser que sempre soube que era tudo mentira, e mesmo assim topei. E mesmo assim insisti em prosseguir. E mesmo assim sorri.
E se eu disser que prefiro a mentira. E na mentira me encontro.
Você acharia que tudo era mentira?!
Chama-me de Ioiô, que eu te chamo de Iaiá.
Chama-me de Ioiô, que eu te chamo de Iaiá.
Chama-me de Ioiô, que eu te chamo de Iaiá.
Chama-me de Ioiô, que eu te chamo de Iaiá.
Chama-me de Ioiô, que eu te chamo de Iaiá.
Chama-me de Ioiô, que eu te chamo de Iaiá.
Chama-me de Ioiô, que eu te chamo de Iaiá.
Minha vida amorosa é mesmo coisa de criança...
Quem me quer, eu não quero
Quem eu quero nem existe.
Passei 21 anos para crescer e ainda me sinto como uma criança.
Será que isso passa?
Minha paciência tá passando: Talvez seja um começo.

O Panda e os Anéis de Saturno

E não vou me deter aos que não têm amor.
Eu sempre tive, sempre sofri, sempre fui feliz.
"ninguém é de ninguém" nunca surtiu efeito nesse garoto aqui
que queria pescar na calçada na água da chuva.
Sempre amei o verbo. E dele não nunca me larguei.
Fui o melhor amante, na mentira, na verdade,
infinito até quando (quanto) durou.
Vi umas cartas de amor dos meus pais, um para o outro, com umas fotos que tinham umas sentimentalidades anotadas no verso e não entendia o termo "te gosto muito" pensava que erro; que o certo era "gosto muito de tu". Não sabia se a gramatica aceita ou aceitava. Mas depois que aprendi um pouco mais sobre poesia, vi o tanto que eu estava errado.
O Professor é na verdade o grande protagonista na sala de aula.
E o Aluno?
Também.
Tem tristeza ruim?
Tem sim!
E qual é então?
A que é só nossa.
Dor de cabeça.
Fotossensibilidade.
Uma noite mal dormida.
Um triste fim de maio.
Um luto.
Uma cor: Azul-amarelado.
Um pedido: Venha me ver. Antes que a cor do dia, invada meu quarto.
Um gesto: Fechar de olhos.
Um verbo: Ir.
Eu sei que você não me ama.
Mas eu te amo.
Então aguente.
Eu sei que você não me ama.
Mas eu te amo.
Então aguente.

À Rute Dantas

Tuas mãos estão cansadas
E teus pés.
Teu rosto fatigado nem tenta em olhar para o lado
O que mais tu queres?
O que foi que não fizeste e não poderá mais fazer?
Afinal passou tempo,
passou juventude, maturidade.
És uma rosa mucha, que insiste em cair.

Deixa cair,
deixa encontrar o chão essas pétalas tão escuras.
Deixa como quem deixa completar um ciclo.
E se vá.
Afinal, ainda pode nascer um novo broto na roseira.
Queria voltar o namoro de passarinho,
Entrava pela janela,
bebia água,
Comia alpiste
e quando era hora, ia embora.
Tinha noites que o passarinho dormia no meu quarto
Ele cantava,
Desforrava a cama, inquieto e ia embora no por do sol.
O passarinho foi embora, ganhou território.
E nunca mais voltou.
Foi cantar em outra terra.
Quem sabe no próximo verão ele não volte.
Uma andoria pode... Pode sim, fazer verão.
Eu não posso te tirar desse afogamento, se você insiste em ir para fundo.
Minha mão estará posicionada, agarre-a se quiser.
Eu não vou mentir,
Eu não vou me enganar,
Eu não vou nem fantasiar.
A você eu só deixo a memoria como única fonte de prazer.
Vou parar de procurar o seu rosto em outros.
Mas não digo adeus.

POR FAVOR POR FAVOR

Senhora, 
"sem hora de adeus",
senhora de Deus,
sem adeus,
fica aqui,
vem pra aqui,
que é inverno, e o tempo
insiste em querer congelar meu amor.

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