domingo, 27 de setembro de 2015

As diretrizes do nada

É um acontecimento, outrora algo, alguém
E agora pura ausência
O som é nulo
Bem como a cor
O cheiro
E não há brilhos, ritmos, nem forças
Pode ser em frações de segundos
Ou uma eternidade esquecida por uma civilização
É de comer, é de beber, de sentar?
Não se sabe!
Não é buraco negro, porque buracos tem fundos
Ou ao menos começo
O nada nem isso
O nada não tem nada
É mais próximo do beijo que não houve,
Do ‘Eu te amo’ não dito,
Está entre o reconhecimento calado, e o obrigado guardado
Pode ser aquele encontro que você não foi
O aquela tia que você não conheceu, mas existiu
Pode existir todo dia
E todo dia mudar, porque as coisas dependem das outras para acontecer
E um nada hoje é outro maior ou menos amanhã
O nada é também gente, não essas que vivem na rua
Ou nas roças
Eles são tudo, e tudo é bem diferente
Tem o peso de sentimentos, traumas, e tudo mais com gosto
Nada é o perigo de não ver
Não sentir as dimensões
E de repente ser um velho que não sorrir,
De histórias esquecidas
Ter-se orgulho
A vida que não pulsa é o nada.
domingo, 6 de setembro de 2015

Valsa dos Excluídos

Os excluídos dialogam com os revoltados
Embora não nutram tantos gritos
Estão em maioria calados,
e excluídos continuam de fora
Agindo, tramando suas reviravoltas
Numa peleja quiçá do bem,
Nem sempre vingança é uma palavra afim
Mas podem apostar é vingança sim!


Deus salvem os excluídos.
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