sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ESPELHO MEU


Você não existe.
Seu nome foi inventado. Surgiu de um erro, e você deu todo o suporte para que ele continuasse a existir.
Teu passado mais negro que a luva de um assassino,
Ficou apenas na memória mal cheirosa, mofada.

Uma cicatriz não é nada perante uma mentira bem contada,
Não é mesmo?!

Não foste, não fizeste, não ganhaste.
Mas sonhaste, aquele sonho maior que a realidade.
O coração batia e lágrimas desciam por dentro, e você com aquele aberto sorriso, perfeito.
Menino lindo, menino triste, menino educado.
Qual santo? Qual mãe? Qual estória? Precisa para tanto texto?
Um rio, que não tem água, uma cidade que não tem lógica, uma lembrança roubada, um sonho maluco, um leão assassinado, um beijo, uma noite. Foi tudo cenário?

Antes de dormir ele fala: “Abre-te de Sésamo! Porta imaginada, e me teletransporta para onde ninguém conheça o meu nome.”

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Hipocondria Literária Popular