domingo, 10 de outubro de 2010

CAVALOS MARINHOS CAVALGAM PELO AR NO MEU QUARTO (MADRUGADA)

Cavalos marinhos cavalgam pelo ar no meu quarto.

Alguma coisa não me deixa dormir.
Ela me perturba com agonias:
Era um passado de outra pessoa.
Era um monte amores perdidos, e eu só tenho um.
Era um castelo medieval explorado e só fui até São Paulo.
Era uma música entendida em francês, e eu só no português.
Era uma luz no meu quarto escuro.
Uma gota pingando no dia mais quente do ano.
Era um riso no funeral.
Era ninguém lamentando por todo mundo.
Eu me via em outros.
Eu não sei o que é:
Se é poesia de morto,
Se é música de vivo.
Só sei que são três horas da manhã, e eu preciso dormir.

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