sábado, 27 de fevereiro de 2010

Fevereiro de 2010

Nunca houve heróis no meu mundo. Mesmo querendo questionar cenicamente o que era seria a mancha que se movia no céu, dramaticamente: é um pássaro, um avião, não é o Super Alguma Coisa, que veio para nos proteger. Apenas vítimas, apenas vilões. Aprendi da forma mais horrorosa que se poderia aprender. Por semanas, em meses, em anos, fui vítima. E vítimas não têm direito a gargalhadas, não riem só choram e são tristes.


Leio Nietzsche e passo a escrever protagonista em vez de vilão e a culpar somente as vítimas, somente elas, como se fossem masoquistas esperando sempre de quatro pela próxima chibata. Tenho medo e sofro como todo mundo, não sou um super homem, nem aquele perfeito cretino que minha mãe planejou para eu ser. Mas não se engane, já deixei de ser vítima a muito tempo, não permitiria levar uma próxima chibatada, eu correria, partiria para cima do agressor, ou até mesmo levaria outra chibatada, se assim quisesse, é claro.

Sofro muito, como todo mundo sofre. Nenhuma dor é maior que a outra, cada dor faz gemer de uma forma diferente em cada pessoa. Temê-la é compreensivo, se entregar também. Só que uma hora a lagrima seca, e se custar, não temam, pensem como eu talvez possa ser até ser positivo, “um homem com uma dor é muito mais elegante”.

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