sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
De repente não tenho mais nome, não sou mais eu. Não era para ser tão dramático assim, eu sou bem realista. Mas acho que são as circunstancias que me detém e me fazem se anular perante a vida. Estou doente, não é tão grave a ponto de morte certa, muito pelo contrário é leve o suficiente a ponto de passar-se despercebida.



Meu nariz escorre gotas aceleradas, que por mais que detidas pelo lenço de papel poroso, me faz lembrar de outrora, na infância onde uma mãe extremamente carinhosa o limpava sem lenço algum. Não era para ser tão fácil morar sozinho, pensou que assim diz a vida. Que se mostra sensata e perfeitamente justa, não tenho o luxo de viver feliz somente, sem conflito, em êxtase lícito. Talvez ninguém tenha. Por isso os desastres, por isso as coisas ruins.


A gripe alérgica faz doer meu corpo, meus olhos, me esconder da luz e cego fico perdido. Há quem não se acostume com a escuridão. Eu fico desnorteado.



Mas aqui eis que surge, depois de um salto de energia insana, a premência de respirar. Trazendo-me por um segundo o conforto. Não chega a ser tão ridículo assim escrever sobre uma gripe.


5 de fevereiro de 2010. 22:19h

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