sexta-feira, 23 de novembro de 2018
Boer
Luzes coloridas saturam sua foto
E mesmo verde dos olhos [agora pretos] se destaque por toda superfície
Divago o dia corrido, me perdendo em possibilidades pretéritas
E o sol? Pode ser acre e necessário como o sal,
ou confortável como um quarto limpo e recluso.
Sorrimos diuturnamente por motivos distintos,
Mas não.
Como um contato superficial que cremos naturalmente.
Leões perdidos na savana
O sotaque dolorido e confuso
Abril e maio
E o sonho latente pela luz perfeita
Clara e objetiva, como prenuncio de recompensa
Pelas chagas, marcas de tempo, e todos os textos decorados
Te guardo em silencio e em urgência, muito embora
Navios partam, aviões decolem, e os pés urgentes da vida,
levem nos,
Em tangos, sambas, valsas para universos longínquos
Mas você sorrirá para um estranho qualquer
E a vida como sempre, pode surpreender.
quinta-feira, 3 de maio de 2018
O ÚLTIMO AMOR
O Último Amor anda entre as pedras se equilibrando
Quer conversar, mas não tem com quem
Vai ao museu, ao mercado
E bate ponto de segunda a sexta feira em horário comercial
O Último Amor é a coisa mais linda do mundo
Um dia a lua ficou mais tempo no céu para olha-lo
[Uma noite clara de luz cinematográfica]
Sonha tanto que teme não querer mais acordar um dia:
Cumplices de vida e sorrisos, aventuras inesperadas e
animais fantásticos.
Por ser o último ainda reza e se contenta com as doces
lembras de outrora
Mas secretamente, bem lá no fundo é louco em achar o Último Sortudo.
quinta-feira, 29 de março de 2018
NÃO PENSAR HUMANO
Por pensar demais, e tentar não pensar
Lembro a curva do seu corpo
Num outro corpo qualquer
E nessas vezes até dá vontade de subir em cima
feito um bicho selvagem,
investir cheiradas estratégicas e naturais
com gestos pontuais e orgânicos
e em liberado acesso
acasalar sem pudor ou culpa,
na frente de todos
como se acionado um gameta adormecido
um genótipo primitivo
Anunciando meu único proposito de vida:
invadir teu corpo e depositar meu material genético
numa posse imperialista
Tomar te minha matilha
para seguir numa unidade
por todos os campos, caçar, beber, dormir e sentir a brisa
Embora seja isso que meu corpo queira o tempo todo
A imaginação me liberta da selvageria
E posso, enfim, tomar um café numa livraria e ri de mim mesmo
domingo, 18 de fevereiro de 2018
Um sinal
Só um sinal
Meu amor é tão tarde
E acredito sem signos [touro, sagitário e câncer]
Se eu puder eu vou até você
E se não puder, eu fecho os olhos
E faço uma oração
O caos irá nos perturbar nesse próximo feriado
Mas te ligarei e perguntarei como foi seu dia
Sei que em breve estaremos juntos
Todo mundo irá sorrir em nossa homenagem
Como um ano novo
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