sexta-feira, 2 de julho de 2010

DE PÉS DESCALÇOS

Os espaços estão maiores.
Tanto quanto o tempo.
Parece que estou me perdendo quando olho a minha volta.
Queria correr para algum lugar, mas não sei onde.
Queria que tivesse alguém para me ajudar, pra me proteger de mim mesmo evitando-me perder.

Eu olho para os lados, e não vejo coisas boas.
O que vejo são apenas tentativas de mudar.
Não queria mudar. Mas se faz preciso.

Começo a correr desesperadamente.
Estou à busca de esconderijo.
Estou descalço.
Estou cansado.
Só sei que sou forte e corajoso o suficiente de não desistir tão cedo.
Eu morreria tentando.

Vejo bem longe uma mulher amorosa, protetora e sábia,
Mas quando a vejo melhor ela está de braços cruzados.
Não sei aonde ir. Não quero ficar no mesmo lugar.

Insisto por um dia de domingo, sem pressa, sem medo.
Insisto por alguém que não vem mais. Que morreu.
Insisto por uma música antiga.
E pela esperança de encontrar um abrigo.

1 Opinião (ões):

Bruno Viana disse...

Que lindo, Allan!
Eu adoro escrever coisas do tipo, uma pena que tenho parado ultimamente...
É uma ótima forma de expressar várias coisas. Adorei oq vc escreveu.
Abraço.
Bruno Cesar Viana

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