domingo, 18 de outubro de 2009

NADA COMO UM NOVO AMOR ANTIGO

“Proibiram que eu te amasse
Proibiram que eu te visse
Proibiram que eu saísse” ( E daí?; Gal Costa)



Final de setembro, o dia é por demasia irrelevante. O desespero romântico de dígitos discados num celular antigo, para um amor já superado, me fez responder sim a um sim ou não, e perguntar se sim ou se não. Amor superado,... Foi esse o termo que usei para dar justificativas a amigos que se importam comigo, mas será esse mesmo o termo coerente com a realidade; um amor pode deixar de ser amor?


O Sol voltou, mas voltou para quem adorava a noite boêmia, fria e desconhecida, e que tinha trocado o dia pela a noite. O Sol aquece e conforta, e também faz sorrir. O Sol é um par de bochechas que eu adoro morder, beijar e ter por perto, só pra mim, com todo o ciúme e egoísmo possível. A Terra pode viver em harmonia com todos os planetas, dividindo a luz que recebe do Sol, só não pode aceitar marcianos ou jupterianos tentando dominar todo o sistema solar. Não queridinhos, o Sol é para todos, não queiram dominar tudo e se sobressair por toda uma sabedoria divina de milênios e milênios em formação, cada um tem sua hora de Sol, e a quantidade de luas que merecem. Eu só tenho uma, minha mãe.


Adjetivos carinhosos enchem meus ouvidos ao falar no celular, depois de um breve ataque de ciúmes, e um falso desdém ridículo de minha parte, confesso: - friamente pensado. Tornam o meu dia ou a minha noite mais confortável. Um você não vai esclamado, ou um não quero você andando sozinho dito como sem jeito, me faz, antagonicamente, em relação a outrem, respirar profundamente e sorrir, mesmo que escondido. O amor me causa este estado de conforto ridículo.


O amor está nas pequenas coisas, e isso não é apensas uma máxima que não sai da minha cabeça, cuja nem lembro onde escutei ou de quem é? Para mim, mais que tudo, minha maior prova de amor foi um cordão posto no meu pen drive, desse que o faz servir de suporte para o pescoço, aonde depois de sucessivas quedas foi amarrado com força junto de uma espécie de cordão pequeno, para não cair mais, aniquilando assim, de vez, com sua estética apresentável (Meu amor não se importa com aparências, por mais que, apontando, acusem: é feio, é feio; Não pode! Eu uso e uso, incondicionalmente).


... Se for fazer Sol ou não pelos meus dias; Se o aquecimento global faz mal para minha pele; Se alienígenas atacaram de novo a Terra e conseguirem roubar-me o Sol, para sempre. Não sei, não sei, e não quero saber. Só sei que estamos em pleno verão.


6 Opinião (ões):

Naya Rangel disse...

Gostei do texto, mistura sentimentos pessoais com acontecimentos ... Escreves muito bem ^^

Anônimo disse...

voce se expressa bem, e faz uma boa troca de palavras.
parabens

Nathália :) disse...

Adorei a sinestesia! :D O importante é o Sol que brilha e nos aquece - aquele Sol que está dentro de nós. E que nunca haja inverno.

Débora Francischini disse...

Um texto simplesmente maravilhoso, li e reli...
O amor está presente em nós, nos nossos, nas grandes coisas, nas pequenas coisas, mas, acima de tudo é esse sentimento que nos faz felizes, nos faz melhores...
Faz com que nosso inverno se torne quente,
que em nosso solo árido cresçam flores belíssimas...
Faz com que pessoas como você compartilhem estas criações maravilhosas...

Lua disse...

Adorei os textos, em especial de dois: A ROTINA CAIU NA ROTINA e a PRECE Nº2.

Os textos estão bem escritos e de uma escrita sensibilizadora. Fazem parte do nosso cotidiano e há coisas belas sobre o "amor".
Amor esse que ora é totalmente devoltado a outra pessoa, ora se tranca para os outros e quer mais é saber de si mesmo.
Parabéns, Allan...Continue escrevendo o que sente e também o que algumas pessoas sentem e não conseguem expressar em palavras.
Faça mais!

Sandro Cordeiro disse...

Notória a sua sensibilidade aos acontecimentos do cotidiano! Simbolismo - genuinamente sinestésico- e realidade - moderna e conflituosa-, dor, esperança e dúvidas. Aliás, o tom reflexivo foi o que mais deteve minha atenção! De fato, o que é o amor? Sabemos que sentimos, e isso é quase tudo! Não é matéria porque n ocupa espaço algum; n é energia, uma vez que n se transforma. O amor deve ser uma entidade. Independente, teimoso e pouco inteligente, funde-se em proporções diferentes nas pessoas e , de tão sublime, só ele próprio pode acabar com sua existencia! O amor só morre qdo ele escolhe isso!

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