sábado, 29 de maio de 2010

30/05/2010 - 02h34

Sinto que a desmotivação começa a se retira dos meus dias.
Estou com sono e sem vontade de dormir. São 02h01 da madrugada. Tenho vontade de chorar por ter deixado as coisas irem tão longe.
Era 18 anos no mundo, eu tinha saído da casa dos meus pais e ganhado um mapa do mundo. Podia ir a qualquer lugar, ou em qualquer pessoa. E resolvi esperar como sempre fiz na minha vida.
Tive medo de início, e depois me deixei levar pela acomodação ativa de dependência, que é a de contar com o outro, viver em comunidade. Que ainda me assusta, dizendo injurias e me mostrando apenas as margens de perigo que é viver no mundo sozinho.
Vejo nas marcas do meu rosto, marcas de meus pais, e me assusto. Nunca quis ser quem nem eles, sempre tive medo de ser igual. Fechados e sozinhos em si mesmos.
Tenho uma mania terrível de temer a opinião negativa ao meu respeito que vem dos outros. Será que é isso viver em sociedade? Eu acho que sim, e por isso estou escrevendo depois das 2h da manhã, num sábado de juventude.
Escrever ainda é um mundo desconhecido para mim. Não sabia que era possível prender o mundo, momentos, e sentimentos em textos concretos. E indestrutíveis. Pelo recurso da web.
Escrever ainda é um processo que não estou habituado, e sofro por isso. Por ser obrigado a escrever. Por encontrar nisso uma saída, e não sair sempre que preciso. Por viver me escondendo de mim mesmo. Por não dizer. Por não me ver, ou por não me mostrar.
Meu corpo parece não saber o que é isso que está acontecendo comigo, deveria ser algo produtivo. No entanto, parece, apenas, uma nova crise, e que vou chorar. E não choro porque a lembrança consola, dizendo o que eu já fui antes de chorar outras vezes, e que cresci muito depois do choro. Mudanças é preciso, é preciso mudar. Eu mudo sempre.

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