domingo, 10 de julho de 2016
Não é à toa essa minha cara triste de jeca que não sei o que
Tenho humanidade e sei disso
Sofro o notório peso do trabalho e dos sentimentos
Sofro e prevejo o calo
A olheira
A dor nas costas, no cotovelo_____________________[amor partido, cacos de esperança
Essa lamuria é poema
E por isso proclamo minha dor
Tudo mais que me espera
Mas meu sorriso salva o mundo
sábado, 2 de julho de 2016
TROMBADINHA
Menino trombadinha espreitando o celular alheio
Minha mãe na minha cabeça
Sua voz onisciente
Argumenta com tiros pontuais
'E o calçado, não tem'
'E a higiene, não tem'
'Ta com fome menino?'
'Coçou, é piolho?'
E atira no coração
'Tadinho',
De novo, mais forte, certeiro, 'Tadinho!!!'
E eis que vem o tiro de misericórdia: 'coitado'.
Minha mãe na minha cabeça
Sua voz onisciente
Argumenta com tiros pontuais
'E o calçado, não tem'
'E a higiene, não tem'
'Ta com fome menino?'
'Coçou, é piolho?'
E atira no coração
'Tadinho',
De novo, mais forte, certeiro, 'Tadinho!!!'
E eis que vem o tiro de misericórdia: 'coitado'.
O adolescente não é mais um criminoso,
É um criminado.
É um criminado.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Levanta
Acorda esse teu corpo primeiro
Adormecido de tanto sonho, de tanto sono que há
Vasculha em tuas lembranças
Aquela música pode ajudar
O Ritmo
A palavra
O medo e o enfrentamento
É teu. Mas você precisa pegar,
Segurar e absorver
Um movimento]
Transborda em teu corpo
O que te pertence
E andas nu
O mundo compreenderá, como natural
Não carregues nada
Sê todo em equilíbrio, água, força e luz
Levanta.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
A Chico César
Não tinha espelhos a casa
Mas tinha um povo igual, que se via e se misturava
À calçada, todos os astros escutavam-lhe as conversas
Que calor, heim meu nego].
E os beijos, ligeiros que pesados de experiência, pipocam na rádio
O Tempo é tempero
Ele é dono do alcance da voz e o por trás de tantas outras vozes,
Num percurso etéreo ritmado pra dentro, e sabe do sucesso
Porque cada um é ele mesmo,
Não é poeta, é poema brasileiro
Não tinha espelhos a casa
Mas tinha um povo igual, que se via e se misturava
À calçada, todos os astros escutavam-lhe as conversas
Que calor, heim meu nego].
E os beijos, ligeiros que pesados de experiência, pipocam na rádio
O Tempo é tempero
Ele é dono do alcance da voz e o por trás de tantas outras vozes,
Num percurso etéreo ritmado pra dentro, e sabe do sucesso
Porque cada um é ele mesmo,
Não é poeta, é poema brasileiro
E tem licença poética.
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