terça-feira, 10 de março de 2015

DO LADO DE DENTRO DE FORA

Tão bom a consciência de que estou em casa

É tudo meu isso aqui

Nasci ou fui criada ou cheguei inda agora,

Não importa.

É meu chão

Minhas paredes, cores, tudo isso

Até a sujeira, digo sem vergonha mesmo, é minha também



Ando descalços pela minha moradia

Fico a vontade, à revelia dos inconformados.

Sorriu com alguma lembrança

Que importa se vêem, e que vejam

Minha felicidade tem que se completar.



Sou eu mesma

Embora cabelos brancos ou problemas psiquiátricos

Quem é normal?

Se tenho fome, como

e durmo embaixo de qualquer sobra

Tenho notável habilidade de dormir com barulhos urbanos,

Mas se há aquele silêncio gostoso, sonho bem

Perigo existe, mas existe também aquela prova de ser humano,

Às vezes é só um sorriso pro invisível, ou um novo cobertor



E posso bailar pelos cantos

Músicas invisíveis tocam

Eu sou Carmen Miranda

Ou o novo sucesso do rádio

Meu sorriso se apresenta, e se protege na felicidade, a estética perdoa

E mesmo quando me chamam

E quando escuto

Eu sou o cracudo

Eu sou mendiga

Eu sou o drogado

Eu sou o esquecido

Eu sou o louco

O doido

O da rua

O viciado

Eu sou o dono da rua

Que tem cachorro ou gato

Que dorme embaixo de todas as estrelas e planetas

Esquecido por toda vida

De Deus e dos homens

Eu sou invisível

Quando notado, temido ou repreendido

Jamais adotado, jamais amado

Eu sou o dono de mim

E existo, acreditem

Eu insisto na minha existência



Vivo por aí

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