terça-feira, 27 de agosto de 2013

CANTO

Você existe
Os batimentos e a sua respiração constante
Que eu sinto (acredite)
Alegam sua existência
Teu peito em performance
Provocam ondas no ar
Que me tocam
E me alertam
Estou na sua
Estou aqui agora pensando em você
Embora você não saiba
Embora você não sinta
Mas será?
Você tem um nome
E eu sou apenas memória
Apenas silêncio
E barulho
Estamos sozinhos


terça-feira, 20 de agosto de 2013

ÁPICE DO ESCURO

 Estou melhorando?
É difícil dizer, porque embora onde eu queira
Estou entristecendo frequentemente
Não sorrio direito
Ou sorriso demais sem razão
Eu acho que é noite demais na minha
Tenho muito medo de ser feliz
Porque tenho tudo pra isso
Tenho medo de ser eu que não sou eu
Um eu guardado que só uso nos finais de semana com a família
Vou reconhecer que estou um trovão
E um raio lindo de luz
E ai o sucesso
Mas até lá
Tenho que mastigar essa escuridão
Vou continuar.


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

LADAINHA DO LAR INCONSOLADO


São seis horas da manhã
Que alteia as sombras na casa
É sinal de que eu não durmo
É sinal que só eu é quem ama

Teu carinho
Teu travesse
Pro teu santo uma oração
Faço tudo ouvindo o rádio

Eu sei, eu sei
Somos casados

Te guardo um fã
Dormindo empacotado
Que te espera sempre ansioso
E que ser todo teu passado

Mora, tua casa é que é teu caso
Meu querido
Meu doce amado
Não vês que eu sou a mesma que do passado
Que o gosto fica o mesmo
Pra quem ama

Mora, tua casa é que é teu caso
Meu querido
Não vê que sou a mesma
que teu corpo acende,
anuncia aquele passado



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

SENTIMENTO

Eu sei que você existe
Posso sentir agora que você está dormindo
Está?
Sei que respostas também não são o seu forte
Mas sei que eu sou bom com semiótica, e, diferentemente de todos colegas,
Entendo claramente os sentimos
Eu sei, eu sei
É uma maldição
Na minha família é comum isso
De amor, ou de dor até o fim
Fontes que não secam jamais
De tudo se planta,
E tudo se colhe, mesmo que se regue a colheradas
Temos os melhores frutos
É coisa de terra vermelha, roxa
Pronto, você acordou
E o poema findou.                     

Tecnologia do Blogger.

Seguidores

Hipocondria Literária Popular