quinta-feira, 21 de março de 2013
É SIM
O medo e a tristeza juntos
Chamo logo meu xodó pra me servir
Entrego tudo a ele
E ainda peço
Me um beijinho humano
Segura minha mão, não me deixa só, não
Deus, que reconhece minha humanidade cretina
Assopra no meu corpo
Me manda sinais quais juro reconhecer
Até choro
Deus não é perfeito?!
segunda-feira, 11 de março de 2013
SORRISO TEU
O teu sorriso
Grão
De pão
Engorda e dá energia
Eu como
Cada pedacinho
Às vezes
Sem manteiga de avelã
Às vezes
Ainda tomo café
Mas só depois
Que se vão os beijinhos
quinta-feira, 7 de março de 2013
SONHO
Sonhei que eu era uma mulher dos anos 70, mas não uma mulher
qualquer daqueles anos que a maquiagem melhor era a cor auri depois de uma tarde
na Barra da Tijuca. Nesse sonho meu, que poderia ser na verdade uma lembrança de
alguma coisa que incomoda pensar. Eu era jovem demais pra ter insônia e mulher
demais pra ter problemas, antes de dormir, no calor carioca, vinhas tu,
autentico e esperado, me olhar com teus olhos só teus, sem aquelas referencias
machistas que são comum: tu tinhas teus olhos sozinhos e o castanho que me
lembrava a mistura do sol quando vai se retirar com o mar tão Rio de Janeiro,
do azul pro verde. E eu completamente nua não tremia mais ao sentir tuas mãos
quentes no meu corpo fresco, ao explorar meus relevos, aprendendo minhas
geografias mais secretas, como um desbravador de corpos, e que eu amava, fazendo
me sentir mais eu. Só que como todo sonho acaba e toda lembrança não passava de
um tempo acontecido a ressaca que assusta, mas que se cura também, me faz nesse
perigoso e ridículo saudosista processo entender o que são lembranças.
domingo, 3 de março de 2013
NUMA NOITE DE 40 GRAUS CARIOCAS EM SÃO PAULO
Você é grande e eu quero que continue assim
Até gosto dos praticados que você usa para ficar ai em cima
Não posso aceitar suas descidas para meu quarto
Numa noite de 40 graus cariocas em São Paulo
Estamos em tempos difíceis para o amor
E quando o cheiro e o toque bate
E faz arrepiar
Pode-se escutar e ir
Que TALVEZ valha a pena
TALVEZ não
O mundo é um clico ridículo de clichês coloridos
Que usam maquiagem para a vai-dade
Os olhos-verdes-mar-lusitanos
Não me enganam,
não
Mesmo eu querendo beija-los numa manhã
De Pernambuco fora do carnaval
No Rio de Janeiro
E você sendo todo seu, continue
Eu até acho melhor
Eu melhoro, confie em mim
Eu querendo
Aquilo tudo
Que sei despertar muito bem
E que grita em mim e nos outros
Ou não
No duro silêncio falante envergonhado (pela luz acesa)
Sei que seria ótimo uma vida minha ai em cima
Não tenho medo de altura
De alturas, digo
Até gosto de aventuras
E se sei que é bom
É porque já comi antes
E todos souberam
Ou desconfiavam
BUT
Não quero ser letra de Antônio Cicero
Na voz de Adriana Calcanhotto.
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