segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

DONA ADÍLIA (NEM VALE A PENA)



Pingando as letras do teu nome
Eu começo a entrar em desespero
É uma enchente que ameaça
Eu sei porque já tive isso antes
De ligo, digo e não ligo não digo
De penso e não digo
De olho e me erro
Eu me erro absoluto
Como quem corre na rua de olho fechado
E tu não vales nada
Não tem nem sentimento guardado no avesso deste texto
Eu-pessoa me danando ridícula cíclica esdruxula
Fazendo comparações tolas tentando achar respostas
Eu, que quero as perguntas, são elas que me sustentam
Que me detém na sanidade aceitável
Desejando sei lá o quê
A tua morte, um desastre, que tu vires santo
Porque a mesma boca, as mãos que me tocaram
Livres
Foram livres para outras pessoas
Livres
Sendo eu a única pessoa presa na história
Porque é isso que eu me sinto barrado na minha festa
Linda que fiz e que pegou fogo um dia
Tu não lembras, porque tu morreu nela também
Eu só me comporto como uma senhora que diz que o marido que batia nela era um anjo
E nem era
E nem foi

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