quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ONDE ESTARÁS



percorro os espaços em busca alguma coisa que me lembre de você
mas não há
são outros os espaços
outros retratos que nãos os teus, da tua mãe, do teu cachorro – minto, porque tu nem tinhas
por que andastes pelos anéis de saturno?
se eras Apolo e Adônis
se tinhas um visto de certo no teu caderno da infância
e outro no de agora

porque se tu foi
se tu não há mais
se não insistes mais
eu não posso.

pego o ônibus
depois carona
depois regresso
e não estás.

mais que a vida que não tive
e que não quero mais
mais que o nome que não dei aquele filho que não tive
e não quero mais
tudo:
porque os escudos estão quebrados. 

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